Há quase um mês, a CBF bateu o martelo e optou por Carlo Ancelotti, atual técnico do Real Madrid, para assumir a Seleção Brasileira em 2024.
No entanto, desde o anúncio, dois desdobramentos tiveram notoriedade no caso: a chegada de Fernando Diniz como técnico interino, e a decisão de Ancelotti de priorizar o Real Madrid.
A espera da CBF dividiu as opiniões dos amantes do futebol e também dos profissionais da modalidade. William De Mattia, técnico do Treze, discordou dessa postura.
Sem poder assinar contratos antes dos seus últimos seis meses de vínculo com o Real Madrid, Ancelotti só pode ser anunciado pela CBF no começo de 2024, e só assumiria a Seleção para a disputa da Copa América, que será em junho. Com isso, já era esperado que a entidade máxima do futebol nacional anunciasse um treinador interino. O escolhido foi Fernando Diniz, do Fluminense.
No entanto, essa novela ganhou mais um capítulo nos últimos dias. Por meio de um telefonema, Ancelotti comunicou a Ednaldo Rodrigues, presidente da CBF, que o Real Madrid é a sua prioridade no momento. Além disso, o treinador pediu que Ednaldo baixasse o tom das suas declarações, que já davam como certa a chegada do italiano para o comando da Seleção Brasileira em 2024.
Em entrevista ao jornalista Mário Aguiar, no dia 3 de julho, William De Mattia, atual campeão paraibano, foi perguntado se, na visão dele, a CBF acertou em esperar por Carlo Ancelotti. De Mattia foi enfático ao discordar da decisão e, sem citar nomes, defendeu que um técnico que atua no futebol nacional deveria assumir a Seleção, já visando a preparação para a próxima Copa do Mundo.
— Acredito que fica um pouco difícil essa questão de esperar o treinador. Não sei quanto tempo teriam que aguardar pelo treinador do Real Madrid. Eu acho que no Brasil tem bons nomes para já definir o planejamento de eliminatórias e da próxima Copa do Mundo, mas fica a critério da CBF fazer a melhor escolha — afirmou De Mattia.
Com a mudança de postura de Ancelotti, ganhou força a hipótese de que Fernando Diniz possa ser efetivado na Seleção Brasileira, repetindo o roteiro de Lionel Scaloni, na Argentina. No cenário atual, o treinador dividirá o seu trabalho entre a Pentacampeã Mundial e o Fluminense.