O Treze conseguiu mais um passo importante no processo de reestruturação financeira e administrativa. A diretoria do Galo da Borborema acaba de ter acatado pela Justiça o pedido de suspensão de todas as execuções pendentes pela instituição, em todas as esferas e instâncias judiciais.
De acordo com a direção alvinegra, o pedido foi formulado em uma ação de urgência, que prepara um pedido de recuperação judicial. Este pedido deve ser autorizado pelo Conselho Deliberativo, preparado e protocolado no prazo de 30 dias.
Com isso, até lá, todas as contas do clube devem ser liberadas, nenhuma restrição nova pode ser feita ou permanecer bloqueando transações financeiras do Treze.
Destaca nota divulgada pelo clube alvinegro, a medida permite que o clube, pela primeira vez em muitos anos, possa contar com o valor total da receita que vier a gerar, tramitar valores por suas contas bancárias, se planejar minimamente em relação às suas operações diárias e sinaliza a viabilidade de projetos para novos negócios.
Na decisão, o juízo da Vara de Feitos Especiais de Campina Grande reconhece o esforço da gestão do Treze Futebol Clube, que pelas ações dos últimos meses “demonstra sua boa fé na busca por soluções equilibradas e que preservam os seus interesses, mas também dos próprios reclamantes”.
Além disso, quando for apresentado o pedido de recuperação judicial, se a medida for confirmada, o Treze terá mais 120 dias de prazo com suas contas e recursos desbloqueados, deverá apresentar plano detalhado de pagamento de credores, cumprimento de suas obrigações, mas tudo dentro da realidade efetiva que for encontrada no levantamento e na proposta encaminhada à Justiça.
Para o Presidente Artur Bolinha, é um dos momentos mais importantes da gestão, sob o ponto de vista administrativo. Bolinha lembra que administrar uma instituição sem contar com o valor total das receitas geradas é uma solução inviável, e que para o Treze isto iria se manifestar logo a curto prazo, apesar de todo o saneamento que sua equipe vem fazendo.
“A decisão é um sopro de esperança, porque reconhece que a boa vontade e o empenho de quem vem fazendo o Clube em honrar os compromissos tem valor jurídico, e justifica a confiança em suspender os nossos bloqueios, as restrições, para que nós tenhamos condições e prazo para promover uma organização definitiva, sustentável e sobretudo responsável do Treze”, destacou o Presidente.