Diá “pensou no pior” e divide responsabilidade no Campinense

Com a eliminação na primeira fase do Campeonato Paraibano de 2024, sendo a segunda temporada consecutiva que o time não se classifica para as semifinais do estadual, o Campinense agora só volta a campo no ano que vem, uma vez que não possui mais nenhuma competição em seu calendário.

E o último jogo rubro-negro no ano terminou da forma mais melancólica possível para o torcedor da Raposa, com uma derrota por 3 a 0 para o Treze, seu maior rival, no Clássico dos Maiorais, num estádio Amigão repleto de várias faixas de “Boas férias” na torcida do Galo.

Após o apito final, o treinador Francisco Diá disse ter responsabilidade pelo fraco desempenho do time no estadual, mas explicou também que a situação financeira atrapalhou a montagem do elenco, assim como as lesões dos dois jogadores contratados com os maiores salários, que acabaram prejudicando o rendimento dentro de campo.

– O treinador, principalmente quando perde, perde o jogo. Jogadores ganham o jogo. Mas eu me incluo (na responsabilidade), claro que eu incluo. 70%, 80% do elenco foi eu que montei. Agora, você tem que ver a condição que é dada pra você montar uma equipe. A gente tem jogadores com salário muito abaixo, salário mínimo, 2 ou 3 mil reais. Os dois jogadores que a gente tinha no teto mais alto, que era o Igor Goulart e o Alan Pedro não renderam aquilo que a gente esperava. E houve alguns acidentes durante a pré-temporada e eles se lesionaram, e o restante eram jogadores com a folha baixa de acordo com o que o clube pode cumprir, pode pagar. Mesmo com a dificuldade, como a gente falou, sem patrocínio, sem calendário, sem cotas. Isso aí fica muito difícil pra os diretores, os abnegados, a gente sabe disso. Acho que quando perde, perde todo mundo. Quando ganha, ganha todo mundo – comentou.

O Campinense terminou o Paraibano com 11 pontos somados, mas até a sexta rodada o time estava na briga contra o rebaixamento. E o técnico raposeiro admitiu ter ficado preocupado com a situação, além de apontar que os quatro classificados pelas semifinais acabaram sendo os clubes com melhor estrutura financeira e calendário maior.

– A gente até pensou no pior dentro da competição. Um campeonato muito difícil, competitivo, com os times bem estruturados, como é o rival, agora com calendário, a própria equipe do Botafogo-PB. O Serra Branca (com estrutura financeira) e o Sousa com o calendário, com Copa do Brasil. Então, os quatro favoritos são aqueles que têm uma estrutura maior. O Campinense tem uma camisa, tem uma tradição, mas foi um time todo montado dentro da competição, é muito difícil trabalhar nesse sentido – disse.

Bastidores do Esporte com Equipe @Vozdatorcida

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