O presidente da CBF (Confederação Brasileira de Futebol), Ednaldo Rodrigues, foi destituído do cargo nesta quinta-feira (7) por decisão do TJ-RJ (Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro). O órgão determinou o presidente do STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva), José Perdiz, como interventor na entidade. Uma nova eleição na entidade será convocada em 30 dias, mas ainda cabe recurso de Ednaldo a tribunais superiores.
A decisão veio após a análise, pelos desembargadores do tribunal, do TAC (Termo de Ajustamento de Conduta) assinado em março de 2022 entre a CBF e o MP-RJ (Ministério Público do Rio de Janeiro). O termo acordado entre as partes na época abriu caminho para a eleição de Rodrigues, mas agora foi considerado ilegal pela Justiça.
Rodrigues firmou o acordo quando ocupava a presidência da CBF interinamente, no lugar de Rogério Caboclo, que havia sido afastado por denúncias de assédio contra funcionárias da entidade.
O termo de ajustamento foi resultado de uma ação movida pelo Ministério Público em meados de 2018, que questionava a CBF em relação ao processo eleitoral para a presidência da confederação.
Alguns dos vice-presidentes da entidade na gestão Caboclo se sentiram prejudicados e questionaram a validade do acordo, que agora foi julgado ilegal pela Justiça.
A decisão tem efeito imediato a partir da notificação e da publicação. A CBF vai recorrer ao STJ (Superior Tribunal de Justiça), porém a entidade, neste momento, está em recesso.