Líder dentro de campo e peça importante no Altético-MG, o paraibano Hulk, capitão do Galo, não vestirá mais a braçadeira. A informação foi confirmada pelo próprio jogador, que já na última quarta-feira (24) não foi o capitão do time na vitória contra o Bolívar, pela Sul-Americana, por 1 a 0.
Classificado para a semifinal da competição continental, o Alvinegro deve contar com outra liderança dentro de campo, já que o jogador paraibano revelou que pediu ao técnico Jorge Sampaoli para não ser mais capitão do grupo, na última partida pela Sula. Na ocasião, quem assumiu a braçadeira foi o zagueiro Lyanco.
A respeito da decisão, o atacante explicou que a escolha vem por causa da exposição que tem dentro de campo. Por ser o único jogador que pode se dirigir ao árbitro, estando com a braçadeira, ele fica mais vulnerável a levar cartão e, levando em consideração a sua função dentro de campo, a exposição pode prejudicar o time. Destacou ainda que, quando conversa com a equipe de arbitragem, sempre leva uma advertência.
Pedi para não usar mais (a faixa), para não me expor tanto, porque eu não poderia exercer minha função. O capitão é o representante dos jogadores dentro de campo. Quando iniciamos a temporada, o comitê de arbitragem dá uma palestra, e fica claro que só quem pode se comunicar com o árbitro é o capitão. E, quando a gente vai se comunicar… a gente não, eu, porque eu vejo outros capitães darem peitada no árbitro e não acontecer nada. Demorei para entender e perceber isso. A partir de hoje não uso mais a faixa de capitão no Galo porque, infelizmente, eu não poderia exercer uma função posta para mim em campo. disse.
Em sequência, Hulk relembrou o episódio da expulsão contra o Palmeiras, durante o Campeonato Brasileiro de 2024. Na partida, realizada na Arena MRV, ele estava atuando como capitão, foi amarelado duas vezes e precisou deixar o jogo.
A decisão não é a primeira tomada pelo jogador, que em outra oportunidade também decidiu abrir mão da braçadeira. Em 2023, artilheiro do Galo na temporada, ele também optou por não seguir como capitão, justificando a mesma exposição a cartões.
O jogador, que chegou ao Atlético-MG em 2021, tem contrato com o Alvinegro até 2026. Na temporada deste ano, já são 44 jogos, 16 gols e quatro assistências.